O Brasil, devido a sua extensão territorial, diversidade geográfica e climática, abriga uma imensa diversidade biológica, e para melhor classificá-lo, foi dividido por biomas: Bioma Amazônia, Bioma Cerrado; Bioma, Bioma Pantanal, Bioma Mata Atlântica e Bioma campos sulinos. Sendo assim, o Rio
Grande do Sul, é composto pelos Biomas Mata Atlântica e Campos Sulinos.
A Mata Atlântica, é reconhecida por suas formações florestais e os ecossistemas associados inseridos e diferenciados, acompanhando a diversidade dos solos, relevos e características climáticas da vasta região onde ocorre, tendo como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano. As respectivas delimitações florestais, são: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista; Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual.
Considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal, a Mata Atlântica é um dos biomas mais
ricos do mundo em biodiversidade, tanto fauna quanto flora. Estima-se que existam cerca de 20 mil espécies vegetais (35% das espécies existentes no Brasil, aproximadamente), e abriga, 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre as espécies mais comuns encontram-se algumas briófitas, cipós e orquídeas. Quanto à fauna, o bioma, é formado principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves das mais diversas espécies.
Algumas das espécies:
Bromélia Dyckia distachia, a imbuia (Ocotea porosa), o xaxim (Dicksonia sellowiana), a gralha azul (Cyanocor x caeruleus), o bugio (Alouatta fusca) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), capivara, cobra-coral, o sapo-cururu, a perereca-verde e a rã-de-vidro. Ou peixes conhecidos como o dourado, o pacu e a traíra. Em nossas caminhadas, como no Caminho das Araucárias, podemos encontrar algumas das espécies que citamos, no seu habitat natural, como o xaxim e o bugio
A grande riqueza da biodiversidade na Mata Atlântica também é responsável por surpresas, como as descobertas de novas espécies de animais. Recentemente, foram catalogadas a rã-de-alcatráses e a rã-cachoeira, os pássaros tapaculo-ferrerinho e bicudinho-do-brejo, os peixes Listrura boticario e o Moenkhausia bonita, e até um novo primata, o mico-leão-de-cara-preta, entre outros habitantes.
Os Campos Sulinos são caracterizados pelas paisagens naturais do Pampa, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas, de relevo suavemente ondulado na forma de colinas recoberto por gramíneas de pequeno porte e arbustos. A vegetação das áreas úmidas do extremo sul, junto ao litoral gaúcho, onde se encontram os banhados, e os Campos de Cima da Serra, característicos das regiões de maior altitude nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que aparece como enclave de campos em meio à região de domínio da Mata Atlântica. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência.
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas o quero-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimussaturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Caviaaperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni).
A importância do ecoturismo, contribui com o aumento da consciência da população e dos turistas sobre a necessidade de proteção do meio ambiente, promovendo a diminuição do impacto sobre o patrimônio natural, ajuda na conservação das áreas naturais e na conservação da biodiversidade.
Autor: Juliana Reyes, Coordenadora de viagens da Top.